segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Cais


Barcos, amarras e pneus.
Cais, cor e âncoras.
Lisboa, rio e guindaste.

Vocação de um povo que buscou no mar
O que a terra não tinha.
Ou não lhe dava.
Marinheiros sempre.

1 comentário:

teresamaremar disse...

Impossível não trazer Cesário, ocidental sentimento...

Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.

E evoco, então, as crónicas navais:
Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
Singram soberbas naus que eu não verei jamais!