quinta-feira, 29 de novembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Chaminés
Como setas apontadas ao céu, palcos de muitos fumos de comida caseira.
Tão ou mais resistentes que as telhas que lhes dão sustentabilidade, em telhados cansados de abrigar do frio e da chuva. E do sol.
Altaneiras, desafiam o tempo sabendo que um dia serão inexoravelmente derrotadas, mas cumprem a sua missão até ao fim, com arrojo e galhardia.
Para muitas, o fumo acabou quando acabou a vida dos inquilinos, mas a sua disponibilidade continua.
Velhas chaminés de Lisboa.
Tão ou mais resistentes que as telhas que lhes dão sustentabilidade, em telhados cansados de abrigar do frio e da chuva. E do sol.
Altaneiras, desafiam o tempo sabendo que um dia serão inexoravelmente derrotadas, mas cumprem a sua missão até ao fim, com arrojo e galhardia.
Para muitas, o fumo acabou quando acabou a vida dos inquilinos, mas a sua disponibilidade continua.
Velhas chaminés de Lisboa.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Craveiros à Janela
Os craveiros nem sempre estão em águas-furtadas.
“Cheiram a Lisboa”, “cheiram bem”.
São poucos os que ainda se vêem.
Talvez por isso, Lisboa cheire menos bem…
Lisboa do Tejo, cuja água bem falta faz na limpeza da cidade.
Lisboa do Sol e das sombras, dos “alfacinhas” agora pouco viçosos.
Como os craveiros.
“Cheiram a Lisboa”, “cheiram bem”.
São poucos os que ainda se vêem.
Talvez por isso, Lisboa cheire menos bem…
Lisboa do Tejo, cuja água bem falta faz na limpeza da cidade.
Lisboa do Sol e das sombras, dos “alfacinhas” agora pouco viçosos.
Como os craveiros.
domingo, 18 de novembro de 2007
Ferro
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
O primeiro "Zoo" de Lisboa
O primeiro Jardim Zoológico de Lisboa partiu da iniciativa de um grupo de médicos, entre os quais o célebre Dr.Sousa Martins.
Reunidos em assembleia, em Fevereiro de 1833, realizada no edifício da escola Politécnica, sob a presidência de D.Fernando, o Rei-Artista, constituíram uma comissão fundadora, e quotizando-se entre si, arranjaram a quantia de 300 contos (!).
O local que imaginaram ideal seria, pouco tempo depois, colocado à sua disposição pelos proprietários, e assim nasceu, no parque de São Sebastião da Pedreira, o primeiro Jardim Zoológico de Lisboa, de imediato considerado um dos melhores do mundo.
Na verdade, a quantidade e diversidade de animais trazidos das ex-colónias foi tal, que o Jardim não temia qualquer comparação com outros já existentes.
Reunidos em assembleia, em Fevereiro de 1833, realizada no edifício da escola Politécnica, sob a presidência de D.Fernando, o Rei-Artista, constituíram uma comissão fundadora, e quotizando-se entre si, arranjaram a quantia de 300 contos (!).
O local que imaginaram ideal seria, pouco tempo depois, colocado à sua disposição pelos proprietários, e assim nasceu, no parque de São Sebastião da Pedreira, o primeiro Jardim Zoológico de Lisboa, de imediato considerado um dos melhores do mundo.
Na verdade, a quantidade e diversidade de animais trazidos das ex-colónias foi tal, que o Jardim não temia qualquer comparação com outros já existentes.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Gustavo de Matos Sequeira
Gosto de ti, Alfama!
“Alfama! Andar por lá a horas mortas
numa noite de lua,
quando o luar escorre pelas portas
e se entorna na rua;
quando as empenas e os beirais, artistas
de curvas sombreadas,
se entrecruzam em formas imprevistas
nas pedras das calçadas;
quando o silêncio que se espalha à volta,
e tanto se ama agora,
deixa a imaginação correr à solta
pelos séculos fora;
quando a gente do bairro, recolhida,
nos dá a impressão
de que se vive numa outra vida
e o nosso coração
se aquece mais naquela débil chama
que se está a apagar…
Ah! Que lindo espectáculo o de Alfama
numa noite de luar!
Sente-se toda a febre de Lisboa
naquele casario
sem disciplina, que desceu à toa
a procurar o rio,
e, sem ferir nem magoar, apenas
ansiosa de chegar,
misturou os telhados e as empenas
num jeito de abraçar.
Nas vielas humildes, escadeadas,
onde os olhos se turvam
a pensar nas pobrezas recatadas,
há arcos que se curvam,
amigos bons que por ali se juntam;
são de pedra, mas têm
um coração que sente, e não perguntam
o “quem é?” a ninguém.
Gosto de ti, Alfama; és o mais velho
dos bairros da cidade.
Olha-te bem no Tejo – é o teu espelho.
Retoca com vaidade
as tuas rugas. Elas são a prova
do teu ceptro, acredita.
Não queiras nunca que te façam nova…
Assim é que és bonita.”
Gustavo de Matos Sequeira
“Alfama! Andar por lá a horas mortas
numa noite de lua,
quando o luar escorre pelas portas
e se entorna na rua;
quando as empenas e os beirais, artistas
de curvas sombreadas,
se entrecruzam em formas imprevistas
nas pedras das calçadas;
quando o silêncio que se espalha à volta,
e tanto se ama agora,
deixa a imaginação correr à solta
pelos séculos fora;
quando a gente do bairro, recolhida,
nos dá a impressão
de que se vive numa outra vida
e o nosso coração
se aquece mais naquela débil chama
que se está a apagar…
Ah! Que lindo espectáculo o de Alfama
numa noite de luar!
Sente-se toda a febre de Lisboa
naquele casario
sem disciplina, que desceu à toa
a procurar o rio,
e, sem ferir nem magoar, apenas
ansiosa de chegar,
misturou os telhados e as empenas
num jeito de abraçar.
Nas vielas humildes, escadeadas,
onde os olhos se turvam
a pensar nas pobrezas recatadas,
há arcos que se curvam,
amigos bons que por ali se juntam;
são de pedra, mas têm
um coração que sente, e não perguntam
o “quem é?” a ninguém.
Gosto de ti, Alfama; és o mais velho
dos bairros da cidade.
Olha-te bem no Tejo – é o teu espelho.
Retoca com vaidade
as tuas rugas. Elas são a prova
do teu ceptro, acredita.
Não queiras nunca que te façam nova…
Assim é que és bonita.”
Gustavo de Matos Sequeira
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
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sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Mercado da Ribeira
Mercado da Ribeira.
Desde 1882 a servir Lisboa, noite e dia, a vender os produtos frescos que lhe chegavam pelo próprio produtor, que dos arredores da cidade os traziam até ali.
O “cacau” da Ribeira aqueceu as madrugadas de gerações de feirantes, e também as da boémia lisboeta.
É na Ribeira que se abastece, ainda hoje, a maioria dos restaurantes “alfacinhas”, mas o Mercado já não tem o furor de outros tempos.
Adaptou-se, já vende livros, expõe quadros, organiza bailes, alberga restaurantes.
Velha Ribeira.
Desde 1882 a servir Lisboa, noite e dia, a vender os produtos frescos que lhe chegavam pelo próprio produtor, que dos arredores da cidade os traziam até ali.
O “cacau” da Ribeira aqueceu as madrugadas de gerações de feirantes, e também as da boémia lisboeta.
É na Ribeira que se abastece, ainda hoje, a maioria dos restaurantes “alfacinhas”, mas o Mercado já não tem o furor de outros tempos.
Adaptou-se, já vende livros, expõe quadros, organiza bailes, alberga restaurantes.
Velha Ribeira.
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