segunda-feira, 28 de abril de 2008

1 ano.

Cidade de recantos, cantos, encantos. Desencantos.
Cidade de palavras, poesia, sílabas, diálogos.
Cidade de azuis, verdes, amarelos, cinza.
Cidade de fado. Destino.

Voz gritada.
Na noite aluarada.

Cidade. Cesário.
Cidade de eléctricos, elevadores. Lavra.
Cidade ao sol.
Cidade de saudade. Saudades. Colinas.

Voz activa.
Na passividade reinante.

Cidade e o rio.
Cidade de jardins, pétalas. Cálices.
Cidade de Prazeres. E de Ajuda. Graça.

Voz.
Sussurrada.

Cidade de vielas, becos, escadinhas e pátios. Alfacinha.
Cidade de passos. Paços.
Cidade de passeios, pedras, miradouros. De cima.
Cidade de ardinas, varinas. Jornais e canastas. Odores.

Vós.
Lisboa.



José Quintela Soares

quinta-feira, 24 de abril de 2008

"Ardina"


O ardina.
Miúdo e papel. E tinta. Preta.
Pés descalços, barrete, calça rasgada.
“Olhó Notícias e Século!”.
Manhã cedo.

O ardina.
Por tostões vendia. Poucos ganhava.
Vida de adulto em corpo de criança. Que não chegou a ser.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Jardim de S.Pedro de Alcântara



Não muito longe da sua estátua no Largo de seu nome.
Camões.
De musas e ninfas, amores e tragédia, poemas e fado.
Parecendo desafiar todas as nuvens, e todos os desafios, com a segurança altiva das árvores a servirem-lhe de exemplo.

Jardim de S. Pedro de Alcântara.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Alameda Afonso Henriques (2)


Nem sempre se aprecia convenientemente o que se tem.

Mas para além da água em cascata, a “Fonte" da Alameda tem uma estatuária digna de maiores atenções.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Alfama

Alfama.

Marco.
Grade.
Pedra e ferro. Eternos. Como a magia do bairro.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Rafael Bordalo Pinheiro


Despercebida.
É como passa a Casa-Museu Bordalo Pinheiro.
Abriu ao público em 1916, no edifício que havia tido Menção Honrosa do Prémio Valmor em 1914.
Completamente renovado, nele estão bem representadas quer a obra gráfica quer a obra cerâmica do genial artista.
Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905) nasceu em Lisboa.
Irmão de outro vulto maior da Cultura portuguesa (Columbano), Rafael foi, para além de brilhante artista plástico, um lúcido crítico da sua época. A ele se fica a dever o desenvolvimento do desenho humorístico. Olhar para esses desenhos é “ver” a segunda metade do século XIX em Portugal.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

João dos Santos


Psiquiatra, mas acima de tudo, pedagogo.
João dos Santos.

Uma estátua que não está à sua altura.
Uma homenagem justíssima.
No Jardim das Amoreiras.

“A educação começa no berço”.
Era o seu lema.