sábado, 30 de julho de 2011

Original


Os prédios da Lisboa de outrora eram coloridos. Bem antes do cinzentismo clássico.
Esse gosto pelas cores vivas ressuscitou, sendo bem evidente para quem passeia pela cidade, nomeadamente naqueles que beneficiaram de obras de recuperação.
Mas nas caixas de correio…nunca tinha visto.
E achei engraçado. Diferente. Alegre.

Na Rua do Loreto.

sábado, 23 de julho de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

"Compreendi-te!"....


Sei da austeridade, da necessidade de poupar....
A iluminação pública, essa, devia manter-se inalterada.
Houve o bom senso de não retirar a estrutura do candeeiro, que assim constitui motivo de risota para os muitos turistas que visitam a Basílica da Estrela. E nem é preciso ser turista...
Revela desleixo. Incúria. Falta de respeito.
E outras coisas.

sábado, 9 de julho de 2011

Lisboa e os Poetas (20)

“A Inundação”


"O mar invade Lisboa mas por dentro
enquanto o velho enfeita
as filhas dos polícias
e há um vago frio nos olhos
mais dementes
destas tardes.

As crianças vestem
coloridamente
seu mórbido e inesperado
séquito.

Mas nas ruas da Baixa
nota-se uma abundância
palpável

um rio vagamente doloroso

um mar por dentro.

Nas lojas de fazendas
na menina da caixa
no fastio amarfanhado
dos porteiros.

Gotas marítimas notavam-se
no brilho das pulseiras
de uma amante
líquido miúdo mas brilhante
até nas varizes das peixeiras.

Há quem diga do sol
um sol insólito é bem certo
mas nota-se até na cauda dos insectos
piedosas solícitas gotas de humi(l)dade.

O mar invade tudo mas por dentro."

Armando da Silva Carvalho
1965

sábado, 2 de julho de 2011