Teve a pouca sorte de se situar nos terrenos da antiga, e saudosa, Feira Popular, mas a sua “agonia” é anterior ao desaparecimento deste recinto.
Lembro-me bem de nele assistir a muitas peças encenadas por Luzia Maria Martins, quase sempre com Helena Félix no papel principal. E recordo com grande nitidez uma noite em que tinha por companhia, na plateia, quatro pessoas. Quatro. No final, dez mãos aplaudiram os actores, que não sabiam se deviam agradecer as palmas ou a presença. Talvez ambos.
O recinto da feira é hoje um baldio.
E o Teatro, que ostenta um nome “sagrado” dos nossos palcos, apodrece rapidamente, perante a indiferença de quem por lá passa, e já nem olha.
Beatriz Costa escreveu em 1975 um livro intitulado “No tempo em que os Vascos eram…Santana”, referindo-se indirectamente a Vasco Gonçalves.
Hoje apetece-me citá-la, alterando um pouco: “No tempo em que os Santanas eram…Vascos”. Porque foi Santana Lopes, ao tempo Presidente da Câmara, quem desferiu o golpe final, sem misericórdia, naquele espaço.
É bom ter memória.
Lembro-me bem de nele assistir a muitas peças encenadas por Luzia Maria Martins, quase sempre com Helena Félix no papel principal. E recordo com grande nitidez uma noite em que tinha por companhia, na plateia, quatro pessoas. Quatro. No final, dez mãos aplaudiram os actores, que não sabiam se deviam agradecer as palmas ou a presença. Talvez ambos.
O recinto da feira é hoje um baldio.
E o Teatro, que ostenta um nome “sagrado” dos nossos palcos, apodrece rapidamente, perante a indiferença de quem por lá passa, e já nem olha.
Beatriz Costa escreveu em 1975 um livro intitulado “No tempo em que os Vascos eram…Santana”, referindo-se indirectamente a Vasco Gonçalves.
Hoje apetece-me citá-la, alterando um pouco: “No tempo em que os Santanas eram…Vascos”. Porque foi Santana Lopes, ao tempo Presidente da Câmara, quem desferiu o golpe final, sem misericórdia, naquele espaço.
É bom ter memória.