sábado, 29 de setembro de 2007

Tejo


Indiferente ao moderno autocarro, aos automóveis próprios de outro tempo, que não o seu, aos guindastes e contentores, semáforos e pontes giratórias, símbolos da pressa e talvez da disciplina, o velho veleiro, sóbrio e quase despercebido, entra no porto.

Ninguém repara.

Silenciosamente, como é seu timbre, e devagar, procura o seu lugar de descanso.

Que merece.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Lisboa no seu melhor (1)


Coitadinho….
Do fatinho….
Do “rapas”….

E de quem fez este “notável” cartaz de montra….

sábado, 22 de setembro de 2007

Inevitável...


Esta fotografia documenta o inevitável.
O moderno a sobrepor-se ao antigo.
O “bloco” a tapar a arte.

Não há Plano que resista à força da aberração.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Rossio



D.Pedro IV não é D.Sebastião, que apareceria numa manhã de nevoeiro.
Mas na fotografia parece…

sábado, 15 de setembro de 2007

"Nicola"


O “Nicola”, um dos “templos” de conversa e convívio da Lisboa de sempre, mudou de gerência.
Até aqui, nada de especial.
Só que… os novos donos já adulteraram, sem dó nem piedade, e quase por completo, um outro espaço “sagrado”, a “Brasileira”.
Temos assim dois cafés “ex-libris” da cidade com os mesmos donos…que já provaram não saber respeitar a história de tais estabelecimentos.
A primeira mudança foi estender a esplanada quase até ao pavimento pisado pelos autocarros, pelo que, para se entrar no café, faz-se uma espécie de gincana entre as mesas no meio da rua.

Promete!

Pobre "Nicola"…ao menos se o Bocage fosse vivo, para arrasar tal despautério...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Eça



Eça.
Na zona “nobre” da cidade.
Mas sujo.
Maltratado.

Eça.
Que merecia mais.
Ao menos limpeza.
Assídua.

Eça.
Da sua inspiração crítica, nasceria certamente um belo texto.
Sobre esta “pobreza” que envergonha.

Eça.
Essa…não se lhe faz!

domingo, 9 de setembro de 2007

"Top 10" de livros

A Fátima Rosado, do “Bordado de Murmúrios”, lançou-me o desafio de pensar em 10 livros que possam constituir o meu “Top 10”, tarefa ingrata, porque qualquer um de nós faria, sem dificuldade, um “Top 50”. Ou mais.
Mas aqui está a minha lista, feita com os livros que de imediato lembrei.

“Memórias de Adriano” de Marguerite Yourcenar
“A Minha Concepção do Mundo” de Bertrand Russell
“Cântico Negro” de José Régio
“Diário” (qualquer volume) de Miguel Torga
“Os Nus e os Mortos” de Norman Mailer
“Livro do Desassossego” de Bernardo Soares
“Em Busca do Tempo Perdido” de Marcel Proust
“O Nome da Rosa” de Umberto Eco
“O Conde de Abranhos” de Eça de Queiroz
“ A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Záfon

Como é suposto lançar este mesmo desafio a cinco pessoas, ei-las:

Rui e Paula Lima – “Paixões & Desejos”
Teresamaremar – “Pequenos Grandes Nadas”
Mariana – “Ardemares”
Elisabete – “Encanto”
Teresa Proença – “Devaneios”

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

"Pavilhão dos Desportos"

“Pavilhão dos Desportos”.
Agora Pavilhão “Carlos Lopes”.

Aquele recinto faz parte da história do Desporto português.
Nele se alcançaram as grandes vitórias do hóquei em patins.
Nele se travaram grandes “combates” da luta-livre nacional, do boxe.
O pavilhão cheio, com alguns milhares de pessoas.
O andebol também por lá andou, numa fase final do Campeonato da Europa.
E os saraus anuais de Ginástica de muitos clubes.

Passa-se por lá agora, e de longe, o aspecto ainda é o mesmo.Quase imponente.




Mas quem se aproxima dos gradeamentos…pode constatar a degradação, o abandono, o desleixo, a ruína.
Quem é responsável por tal estado?



O Pavilhão não teria, ainda hoje, nenhuma utilidade?
E mesmo nessa eventualidade, pouco crível, seria de deixar cair de podre?

Quem não respeita o seu passado, não merece futuro.
E Lisboa merece.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

"Cheira bem, cheira a Lisboa" ??

Lembram-se das ruas de Lisboa lavadas com jactos de água, pelo menos uma vez por semana? As camionetas com reservatórios, as mangueiras, os funcionários com botas de borracha?
Porque desapareceram?
Não há sujidade que os justifique?
Os simples varredores, varrem. Não lavam. Não tiram o cheiro.

Lisboa está perfeitamente conspurcada.

Não haverá dinheiro para pagar a água?
Ou é apenas desleixo?

Voltem, por favor!
Lisboa não pode continuar uma pocilga!