sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Rua do Quelhas



Folhas que o Outono fez cair no chão.
Que o Inverno conserva.

Ramos quais raios de trovoada que se adivinha.
Que se avizinha.

Bancos de azulejo há muito abandonados.
Excepto pelo pássaros.
Que duvidando de tanta generosidade
Não ousam sequer sentar-se.

Rua do Quelhas.

2 comentários:

Carlos Faria disse...

Saudades da minha Madragoa do tempo de estudante!...

teresamaremar disse...

Tapete de folhas
douradas, como o sol por terra.
A ranger, estalar, quebrar. Sob o caminhar.
De que gosto. Mas piso a receio. Receio de as magoar. Quem sabe sentem, porventura chorem, talvez tenham vida. Ou alma.
Lindos os imensos tapetes outonais! Efémeros. Desabrigados.
O azul vai-lhes bem.