domingo, 20 de maio de 2007

Lisboa das Cores


Lisboa azul.
Lisboa verde.
Lisboa das cores,
Lisboa garrida, alegre em contraste com os lisboetas.
Lisboa que se agarra à sua beleza eterna.
Lisboa.
Azul, verde, amarela, rosa, branca, mil matizes
Neste Maio de sol vermelho.

3 comentários:

teresamaremar disse...

Dizem que os lisboetas gostam de chorar o seu sentimento, daí tenham mantido o Fado, essa melancólica herança árabe.
Mas também se diz que quando cantam o fado, não choram as suas tristezas, mas no fado as exorcizam assim se libertando. Talvez por isso Lisboa seja lugar de cor. Lugar de luz, esta nossa única luz dada por Tejo e Céu a iluminar paredes.
[Gosto desses parágrafos curtos a deixarem um rasto de pensamentos por detrás :)]

José Quintela Soares disse...

Olá teresamaremar

"Quando a tristeza me invade...
Canto o Fado...
Se me atormenta a Saudade...
Canto o Fado..."

dizia o grande Carlos Ramos, num dos seus célebres fados.
A dar-lhe razão.

Gosto de Lisboa luminosa.
Mas não há nada como as sombras das e nas vielas ao entardecer.

teresamaremar disse...

As sombras projectam um eu onde somos mas que não alcançamos, ora seguindo atrás de nós, ora, curiosamente, à nossa frente.

Ao ler essa frase das sombras lembrei uma cena de uns apanhados, que deveria supostamente fazer rir, mas que me deixou apreensiva...

era uma pequenita de uns 3 anos que chorava desesperada tentando fugir e não pisar a sua própria sombra que, sol por detrás, caminhava à frente dela.
Curiosa a cena, não é? A fazer-nos não rir mas meditar.

E já que estou em cenas de crianças, não de sombras mas uma outra curiosa, passada com o Drummond de Andrade...

Caminhava ele rua fora quando passou uma criancinha num carrito de bébé. O Drummond fez-lhe um adeus com a mão, e a criança, de mãos ocupadas com um brinquedo, retribui-lhe o aceno abanando o pé :)