Na praça, o velho mercado deu lugar à estátua, as velhas tabernas a snacks, o povo da Mouraria a turistas de máquina digital.
Mas quem olhar para cima, isto é, quem souber olhar, verá ainda as águas-furtadas de sempre, decrépitas, assistindo do segundo balcão ao "progresso", impotentes, talvez resignadas, à sua condição de apodrecimento.
O candeeeiro de traça antiga parece solidário. Também ele, lá do alto, lhes faz companhia.
Numa bela manhã de sol.