“Mas senhores! Já não se vende peixe pelas ruas! Acabaram-se as varinas!”
Desapareceram, sumiram-se das ruelas de Lisboa, apesar de tão enaltecidas por gerações e gerações de jornalistas e até por grandes poetas. Estou a lembrar-me de um agora esquecido que se chamava Carlos Queiroz, e não hesitou em escrever, em quintilhas de improviso, um poema de circunstância que começava assim:
Ó varina, passa,
Passa tu primeiro!
Que és a flor da raça
A mais séria graça
Do país inteiro.
Quase ao mesmo tempo, eu chamava-lhes “sereias de sal”. E alguns anos antes, o Almada dizia, já não sei onde, que “elas traziam o mar nos aventais”.
Desapareceram, sumiram-se das ruelas de Lisboa, apesar de tão enaltecidas por gerações e gerações de jornalistas e até por grandes poetas. Estou a lembrar-me de um agora esquecido que se chamava Carlos Queiroz, e não hesitou em escrever, em quintilhas de improviso, um poema de circunstância que começava assim:
Ó varina, passa,
Passa tu primeiro!
Que és a flor da raça
A mais séria graça
Do país inteiro.
Quase ao mesmo tempo, eu chamava-lhes “sereias de sal”. E alguns anos antes, o Almada dizia, já não sei onde, que “elas traziam o mar nos aventais”.
José Gomes Ferreira
3 comentários:
É varina... usa chinela... tem movimentos de gata...
:)
Quase tudo vai acabando...
Os pregões, as figuras típicas da nossa LISBOA. (Até as varinas vão ficando pelo caminho)
Lembro-me de uma quadra, já com uns "aninhos".
E ali na Rua da Esperança
No bairro da Madragoa
Vivem em boa vizinhança
As peixeiras de LISBOA.
Um abraço
APS
Acabaram as varinas, os funileiros e todas essas personagens que davam uma cor tão especial à nossa Lisboa.
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