sexta-feira, 27 de março de 2009

Instantâneos (8)


Enigmático.
Susceptível de várias interpretações.
Inteligente.

domingo, 22 de março de 2009

Estação do Cais do Sodré



Esteve muitos anos encerrada.
Fiquei surpreendido ao vê-la aberta, esta semana.
Entrei.
Ainda bem que recuperaram a Estação do Cais do Sodré sem a estragar.
É caso para dizer: escapou!

(Foto da Estação em 1953, tirada do “Arquivo Fotográfico Municipal)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Lisboa e os Poetas (11)


"Balada de Lisboa"

"Em cada esquina te vais
Em cada esquina te vejo
Esta é a cidade que tem
Teu nome escrito no cais
A cidade onde desenho
Teu rosto com sol e Tejo

Caravelas te levaram
Caravelas te perderam
Esta é a cidade onde chegas
Nas manhãs de tua ausência
Tão perto de mim tão longe
Tão fora de seres presente

Esta e a cidade onde estás
Como quem não volta mais
Tão dentro de mim tão que
Nunca ninguém por ninguém
Em cada dia regressas
Em cada dia te vais

Em cada rua me foges
Em cada rua te vejo
Tão doente da viagem
Teu rosto de sol e Tejo
Esta é a cidade onde moras
Como quem está de passagem

Às vezes pergunto se
Às vezes pergunto quem
Esta é a cidade onde estás
Com quem nunca mais vem
Tão longe de mim tão perto
Ninguém assim por ninguém."


Alegre

sábado, 14 de março de 2009

Instantâneos (7)


Clarabóia.
Não… Clara Boia.

Será a dona?

E mesmo os fumos...não encontram "saída".

Em Portugal a leitura continua escassa….

segunda-feira, 9 de março de 2009

Lisboa e os Poetas (10)


"Retrato do Povo de Lisboa"

"É da torre mais alta do meu pranto
que eu canto este meu sangue este meu povo.
Dessa torre maior em que apenas sou grande
por me cantar de novo.

Cantar como quem despe a ganga da tristeza
e põe a nu a espádua da saudade
chama que nasce e cresce e morre acesa
em plena liberdade.

É da voz do meu povo uma criança
seminua nas docas de Lisboa
que eu ganho a minha voz
caldo verde sem esperança
laranja de humildade
amarga lança
até que a voz me doa.

Mas nunca se dói só quem a cantar magoa
dói-me o Tejo vazio dói-me a miséria
apunhalada na garganta.
Dói-me o sangue vencido a nódoa negra
punhada no meu canto."


Ary

quarta-feira, 4 de março de 2009