terça-feira, 29 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Há 50 anos (4)
As Escadinhas são as mesmas, os azulejos do prédio à direita também, o candeeiro.
Mas é outra a vegetação, bem mais crescidinha, a ponto de tapar quase por completo a visão da célebre Igreja de Santo Estêvão, inspiração de um fado que Manuel de Almeida e Fernando Maurício cantaram como mais ninguém até hoje.
As árvores tapam a torre, o verde desordenado perturbou a visibilidade, daquele ângulo tão bem fotografado em 1959.
Recordei David Mourão-Ferreira:
“Nos bairros mais antigos há certos núcleos ainda preservados, certos recantos miraculosamente quase intactos, mas na sua maioria as ruas por onde passamos já não são as ruas por onde passámos”.
Exactamente.
(Foto a preto e branco do AFML)
Mas é outra a vegetação, bem mais crescidinha, a ponto de tapar quase por completo a visão da célebre Igreja de Santo Estêvão, inspiração de um fado que Manuel de Almeida e Fernando Maurício cantaram como mais ninguém até hoje.
As árvores tapam a torre, o verde desordenado perturbou a visibilidade, daquele ângulo tão bem fotografado em 1959.
Recordei David Mourão-Ferreira:
“Nos bairros mais antigos há certos núcleos ainda preservados, certos recantos miraculosamente quase intactos, mas na sua maioria as ruas por onde passamos já não são as ruas por onde passámos”.
Exactamente.
(Foto a preto e branco do AFML)
sábado, 19 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Lisboa e os Poetas (15)
"A praça da Figueira de manhã,
Quando o dia é de sol (como acontece
Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece,
Embora seja uma memória vã.
Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui ... Sei eu
Por que o amo? Não importa. Adiante ...
Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Nenhuma delas em mim serena...
De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros ou as que não há. "
Quando o dia é de sol (como acontece
Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece,
Embora seja uma memória vã.
Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui ... Sei eu
Por que o amo? Não importa. Adiante ...
Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Nenhuma delas em mim serena...
De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros ou as que não há. "
Álvaro de Campos
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Há 50 anos (3)
Os navios de grande porte deram lugar a pequenos veleiros ou rebocadores.
A ponte de então foi substituída por uma mais funcional.
O velho candeeiro desapareceu na voragem do tempo.
O paralelepípedo do asfalto deu a vez a puro alcatrão.
A Rocha de Conde de Óbidos é hoje ponto de passagem de turistas em cruzeiro.
A ponte de então foi substituída por uma mais funcional.
O velho candeeiro desapareceu na voragem do tempo.
O paralelepípedo do asfalto deu a vez a puro alcatrão.
A Rocha de Conde de Óbidos é hoje ponto de passagem de turistas em cruzeiro.
De poucos mais.
Os lisboetas já não sentem vontade de a visitar, nem têm necessidade, porque ninguém viaja de barco.
Nota-se bem que passaram 50 anos.
(Foto do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa)
Os lisboetas já não sentem vontade de a visitar, nem têm necessidade, porque ninguém viaja de barco.
Nota-se bem que passaram 50 anos.
(Foto do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa)
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Limonadas
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