Uma das muitas "relíquias" que ainda se encontram em Lisboa. Sinais de um tempo ainda recente com muitas profissões cujos saberes se vão perdendo rremediávelmente, fruto de outras realidades, outras necessidades e outras valorizações. Que pena!
Esta foto fez lembrar Fez :) Aqueles tanques/açoteias onde tingem tecidos e peles, em cores incríveis, radiosas.
Uma nota curiosa... o vermelho escuro, usado para tingir tecidos e também como óleo para tela, um tom muito especial, era feito a partir de um búzio apenas existente no médio oriente, mais precisamente em Damasco.
E, ainda, por tecidos tingidos, tenho algumas toalhas, toscas mas belas, feitas de antigos sacos de linho e estopa que serviam para guardar cereais. Têm umas riscas castanhas, cor conseguida através de plantas cozidas, em cuja água coada se mergulhava o fio de linho antes de passar ao tear. Trabalho moroso, feito pelas mulheres da casa, desde o cultivo à tecedura. O que neles acho mais incrível era o bom gosto feminino em não se contentar apenas com a feitura dos sacos - pois que na sua origem mais não se destinavam que a guardar os ditos cereais - mas em os personalizar, tornando-os singulares com tais embelezamentos.
3 comentários:
Só posso dizer : adoro!
Uma das muitas "relíquias" que ainda se encontram em Lisboa. Sinais de um tempo ainda recente com muitas profissões cujos saberes se vão perdendo rremediávelmente, fruto de outras realidades, outras necessidades e outras valorizações.
Que pena!
Um abraço
Esta foto fez lembrar Fez :)
Aqueles tanques/açoteias onde tingem tecidos e peles, em cores incríveis, radiosas.
Uma nota curiosa... o vermelho escuro, usado para tingir tecidos e também como óleo para tela, um tom muito especial, era feito a partir de um búzio apenas existente no médio oriente, mais precisamente em Damasco.
E, ainda, por tecidos tingidos, tenho algumas toalhas, toscas mas belas, feitas de antigos sacos de linho e estopa que serviam para guardar cereais. Têm umas riscas castanhas, cor conseguida através de plantas cozidas, em cuja água coada se mergulhava o fio de linho antes de passar ao tear. Trabalho moroso, feito pelas mulheres da casa, desde o cultivo à tecedura.
O que neles acho mais incrível era o bom gosto feminino em não se contentar apenas com a feitura dos sacos - pois que na sua origem mais não se destinavam que a guardar os ditos cereais - mas em os personalizar, tornando-os singulares com tais embelezamentos.
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