De madeira são feitos.
Madeira hoje em desuso, que fez as delícias de gerações, através de carros, jogos, cavalos de baloiço.
Cavalos.
De carrossel, neste caso.
Sentávamo-nos neles imaginando percorrer longas pradarias, com “índios” sempre à espreita e prontos a atacar. As meninas talvez pensassem na Bela Adormecida e no príncipe dos seus sonhos. Para uns e outros, eram cavalos alados, nossos, seguros.
Hoje, em tempos de jogos electrónicos, quase espanta como sobreviveram, como resistem à marcha inexorável do tempo, destruidora de muito do encantamento com que crescemos.
Mas lá estão.
Americanizados herdeiros ricos de uns toscos parentes que sem subir ou descer enquanto rodavam, cumpriam a sua missão de 360 graus ronceiros e oleosos, círculo perfeito repetidamente executado.
Por vinte e cinco tostões.
(Jardim Zoológico. Julho 2009)
Madeira hoje em desuso, que fez as delícias de gerações, através de carros, jogos, cavalos de baloiço.
Cavalos.
De carrossel, neste caso.
Sentávamo-nos neles imaginando percorrer longas pradarias, com “índios” sempre à espreita e prontos a atacar. As meninas talvez pensassem na Bela Adormecida e no príncipe dos seus sonhos. Para uns e outros, eram cavalos alados, nossos, seguros.
Hoje, em tempos de jogos electrónicos, quase espanta como sobreviveram, como resistem à marcha inexorável do tempo, destruidora de muito do encantamento com que crescemos.
Mas lá estão.
Americanizados herdeiros ricos de uns toscos parentes que sem subir ou descer enquanto rodavam, cumpriam a sua missão de 360 graus ronceiros e oleosos, círculo perfeito repetidamente executado.
Por vinte e cinco tostões.
(Jardim Zoológico. Julho 2009)
5 comentários:
Já não lembro com que sonhava, gostava mesmo era do colorido, do subir mais alto, da fantasia de ir mais além. Do vento no rosto. Do ondular. Da promessa da subida depois da descida.
Ainda gosto deles. E de baloiços.
Os baloiços, embora fugindo à circularidade, permitem também voos, perscrutar um horizonte, uma perspectiva de infinito.
Uns e outros alando a imaginação.
Pensava mesmo que tinham desaparecido desta cidade alface!! Para quem gosta de os ver girar e possa fazê-lo, na Cidade Luz tem um em cada Quartier, para não dizer a cada esquina. Ficou-nos na memória muito recente um dedicado ao Júlio Verne e todas as suas aventuras.
Paula e Rui Lima
Curioso! Tenho andado a pensar em carrosséis e naquilo que eles me fazem lembrar...Tempo descuidado de uma meninice numa Lisboa de outrora, de Feira Popular, de passeios domingais, com o meu pai, Avenida da Liberdade abaixo...
Que bom que é recordar!!
Um beijo.
Se é bom recordar!!! E, porque não?, dar uma voltinha, de vez em quando... será que ainda se consegue encontrar algum daqueles genuínos e menos americanizados?
O que eu adorei esse (e outros) carrossel. E o Jardim Zoológico foi durante muito tempo um dos mmelhores da Europa. A minha filha, assim que teve idade, numa visita a Lisboa foi levada lá pela avó e ainda se lembra.
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