"Daqui, desta Lisboa compassiva,
Nápoles por Suíços habitada,
onde a tristeza vil, e apagada,
se disfarça de gente mais activa;
Daqui, deste pregão de voz antiga,
deste traquejo feroz de motoreta
ou do outro de gente mais selecta
que roda a quatro a nalga e a barriga;
Daqui, deste azulejo incandescente,
da soleira da vida e piaçaba,
da sacada suspensa no poente,
do ramudo tristôlho que se apaga;
Daqui, só paciência, amigos meus!
Peguem lá o soneto e vão com Deus..."
Alexandre O'Neill
1 comentário:
Caro José quintela Soares!
A escrita do O'Neill é de uma originalidade espantosa e é sempre bom recordar a sua visão desse país que hoje teima em desaparecer.
Abraço cinéfilo
Rui Luis Lima
Enviar um comentário