Coreto de jardim, guarida de sons perdidos na vegetação.
Tens as plantas por companhia.
E velhos bancos de apodrecida madeira.
Estás mudo.
Em ti tocaram amadores briosos, como puderam.
A rodearem-te, centenas pararam. Escutaram. Gostaram.
Coreto de jardim, palco ido para as memórias.
Sem bombos ou clarinetes, fagotes ou trompas de outros tempos.
Apenas o eco distante, persistente.
Da saudade.
És rasto de Cultura.
Maltratado.
Calado.
Só.
Tens as plantas por companhia.
E velhos bancos de apodrecida madeira.
Estás mudo.
Em ti tocaram amadores briosos, como puderam.
A rodearem-te, centenas pararam. Escutaram. Gostaram.
Coreto de jardim, palco ido para as memórias.
Sem bombos ou clarinetes, fagotes ou trompas de outros tempos.
Apenas o eco distante, persistente.
Da saudade.
És rasto de Cultura.
Maltratado.
Calado.
Só.
2 comentários:
olá josé quintela soares!
é um verdadeiro prazer passar por aqui, porque alfacinha me confesso e guardo boas memórias do jardim da minha infância e adolescência, o célebre Jardim da Estrela.
depois o coreto situado no jardim ofereceu-me alguns concertos dados por bandas era eu miúdo, mas a memória mais querida foi-me oferecida no dia em que vi nesse mesmo jardim, um filme projectado à noite ao ar livre, como se vivesse numa outra época, em que o cinema andava pela estrada fora... uma recordação maravilhosa.
um abraço cinéfilo
Belo o tecto, o azul. Belos os coretos, os beberouros, os bancos de pedra.
Guardo recordações agridoces do Jardim da Estrela, as doces da minha avó hoje ausente, as amargas de ver a minha mãe por entre as grades do parque infantil, no que deviam ser férias minhas, que era suposto eu saborear, e contudo com um travo amargo que ninguém adivinhava.
Porque as crianças sofrem e são as que menos o dão a mostrar.
Porque de meninos digo, em tempo de Natal há uma exposição a não perder, de Meninos Jesus, no Palácio de Belém.
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