
O “eléctrico”.
Parece uma formiga pelas estreitas ruas de Lisboa antiga, (em algumas ocupa mesmo quase todo o espaço), já que foi expulso da moderna. A voragem do tempo disse-lhe que era velho e ultrapassado.
Velho companheiro, do tempo em que um bilhete custava 7 tostões e me deixava quase à porta do Liceu. O sempre lembrado Passos Manuel.
Era o 28. O célebre 28, dos Prazeres até à Graça.
O “amarelo” da Carris, que Ary dos Santos ajudou a imortalizar:
“O amarelo da Carris
vai da Alfama à Mouraria,
quem diria.
Vai da Baixa ao Bairro Alto,
trepa à Graça em sobressalto,
sem saber geografia”.