sábado, 11 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
A ameaça
domingo, 21 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Sophia. Fria.
sábado, 6 de novembro de 2010
Lisboa em Prosa (10)
“Lisboa é o único sítio do país onde se pode encontrar a província em estado puro. Como é ela que dá o tom ao país, a província chega-me de lá depurada e aumentada. “Também é bonito”, dizia um excursionista lisboeta quando o carro eléctrico onde eles davam a volta à cidade para não a verem, passou em frente do Jardim Botânico. “Sim…- concordou outro – mas o nosso da Estrela…”. É muito pândego este alfacinha, para não passar por provinciano acha-se na obrigação de não admirar como, segundo ele, imagina faz o provinciano da província na sua Lisboa. Como sempre, os exteriores tocam-se mais ainda, assim prefiro de longe a admiração lorpa da pobre grande gente da minha aldeia. A admiração é o princípio da sabedoria.”
Eduardo Lourenço
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
"Vem nos livros"...
Na entrada principal do antigo “Pavilhão dos Desportos”, olha para a “Feira do Livro”.
Também tem um na mão.
Desconfio que nunca o leu…mas tem.
O seu silêncio…é de pedra.
“Vem nos livros” que o património, seja qual for, deve ser preservado, o que não acontece com a sua morada, que apodrece lenta mas inexoravelmente, sem que ninguém pareça preocupado com isso.
Anunciou-se, há muito, que se projectava para ali o “Museu do Desporto”, mas não se passou disso, do anúncio.
Olha para o movimento na Feira, no Parque.
Já conheceu muitos momentos desses. Multidões. Agitação. Frenesim.
Agora, tem por única companhia o livro.
Frio.
Que nunca leu.
domingo, 24 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
Castilho e Braamcamp
A bela arquitectura do prédio de esquina, foi tragada pelo "mamarracho" incaracterístico.
O velho candeeiro de Lisboa, traço e rasto de bom gosto, cedeu a posição a sucedâneo de bem pouca beleza.
E a noção de espaço livre...desapareceu por completo.
É quase claustrofóbico o "panorama" actual da Rua Castilho, esquina com a Braamcamp.
(Fotografia a preto e branco do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa).
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Admirável
Ainda não destruidas pelas voragens ferozes da moderna construção civil e de algumas idiotas aprovações camarárias, podemos encontrar na velha Lisboa algumas entradas de prédios antigos, absolutamente admiráveis.
Que mais apreciar no exemplo anexo?
O chão, as paredes, o arco, o candeeiro?
Gostei de tudo.
(Rua de S. José).
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Outono
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Há 50 anos (10)
Há 50 anos esta zona era “dominada” pelo Jardim Zoológico, mas de há muito que a Rodoviária e as estação de comboios relegaram o retiro dos animais para uma posição secundária.
Lembro-me de ver passar o eléctrico.
Lembro-me de “Palhavã”.
E a própria estação de Metro mudou de nome. Passou de “Sete Rios” para “J. Zoológico”.
Talvez como compensação.
sábado, 4 de setembro de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Lisboa e os Poetas (19)
"Poetas de Lisboa"
"É bom lembrar mais vozes pois Lisboa
Cidade com poético fadário
Cabe toda num verso do Cesário
E alguma em ironias do Pessoa.
Para cada gaivota há um do O’Neill
Para cada paixão um do David
E há Pedro Homem de Mello que divide
Entre Alfama e Cabanas seu perfil.
E há também o Ary e muitos mais
Entre eles o Camões e o Tolentino
Ou tomando por fado o seu destino
Ou dando do seu riso alguns sinais.
Muito do que escreveram e se canta
Na música de fado que já tinha
O próprio som do verso vem asinha
Assim do coração para a garganta.
Que bom seria tê-los a uma mesa
De café comparando as emoções
E a descobrirem novas relações
Entre o seu fado e a língua portuguesa".
"É bom lembrar mais vozes pois Lisboa
Cidade com poético fadário
Cabe toda num verso do Cesário
E alguma em ironias do Pessoa.
Para cada gaivota há um do O’Neill
Para cada paixão um do David
E há Pedro Homem de Mello que divide
Entre Alfama e Cabanas seu perfil.
E há também o Ary e muitos mais
Entre eles o Camões e o Tolentino
Ou tomando por fado o seu destino
Ou dando do seu riso alguns sinais.
Muito do que escreveram e se canta
Na música de fado que já tinha
O próprio som do verso vem asinha
Assim do coração para a garganta.
Que bom seria tê-los a uma mesa
De café comparando as emoções
E a descobrirem novas relações
Entre o seu fado e a língua portuguesa".
Vasco Graça Moura
segunda-feira, 19 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A Palmeira
Uma palmeira.
Que pode ser vista do Largo da Estrela.
Banal para quase todos. Não para mim.
Aquela palmeira está no “recreio” do colégio onde andei, “menino e moço”.
“Recreio” dos rapazes…porque o das raparigas era outro, com gradeado de ferro a servir de fronteira irredutível.
Passaram 50 anos, por mim e por ela. Mas nela não se notam os efeitos.
Digo-lhe “olá!” sempre que por ali passo.
Ela não responde de viva voz, mas sei que me reconhece e me saúda.
Amigos de longa data.
O colégio já não existe, mas ela persiste.
Os meninos de então estão hoje na meia-idade, ela na mesma.
Altaneira.
Testemunho.
Que pode ser vista do Largo da Estrela.
Banal para quase todos. Não para mim.
Aquela palmeira está no “recreio” do colégio onde andei, “menino e moço”.
“Recreio” dos rapazes…porque o das raparigas era outro, com gradeado de ferro a servir de fronteira irredutível.
Passaram 50 anos, por mim e por ela. Mas nela não se notam os efeitos.
Digo-lhe “olá!” sempre que por ali passo.
Ela não responde de viva voz, mas sei que me reconhece e me saúda.
Amigos de longa data.
O colégio já não existe, mas ela persiste.
Os meninos de então estão hoje na meia-idade, ela na mesma.
Altaneira.
Testemunho.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Coliseu 1925
segunda-feira, 5 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Lisboa em Prosa (9)
“Saudades de Lisboa…Como não sentir, mesmo em Lisboa, saudades de Lisboa? Nos bairros mais antigos há certos núcleos ainda preservados, certos recantos miraculosamente ainda quase intactos, mas na sua maioria as ruas por onde passamos já não são as ruas por onde passámos, nem os panoramas de conjunto nem os quadros avulsos da vida citadina são já os mesmos de há quinze ou vinte anos. E a cada passo nos surpreendemos – todos aqueles que ultrapassámos o mezzo del cammin – a confundir intimamente as duas sobrepostas imagens de Lisboa, sem bem cuidarmos de sondar, as mais das vezes, qual delas é a verdadeira.”
David Mourão-Ferreira
segunda-feira, 21 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
Lisboa e os Poetas (18)
“lisboa oxalá”
“Tal qual esta Lisboa, roupa posta à janela
Tal qual esta Lisboa, roxa jacarandá
Sei de uma outra Lisboa, de avental e chinela
Ai Lisboa fadista, de Alfama e oxalá.
Lisboa lisboeta, da noite mais escura
De ruas feitas sombra, de noites e vielas
Pisa o chão, pisa a pedra, pisa a vida que é dura
Lisboa tão sozinha, de becos e ruelas.
Mas o rosto que espreita por detrás da cortina
É o rosto de outrora feito amor, feito agora.
Riso de maré viva numa boca ladina
Riso de maré cheia num beijo que demora.
E neste fado deixo esquecido aqui ficar
Lisboa sem destino, que o fado fez cantar
Cidade marinheira sem ter de navegar
Caravela da noite que um dia vai chegar”.
“Tal qual esta Lisboa, roupa posta à janela
Tal qual esta Lisboa, roxa jacarandá
Sei de uma outra Lisboa, de avental e chinela
Ai Lisboa fadista, de Alfama e oxalá.
Lisboa lisboeta, da noite mais escura
De ruas feitas sombra, de noites e vielas
Pisa o chão, pisa a pedra, pisa a vida que é dura
Lisboa tão sozinha, de becos e ruelas.
Mas o rosto que espreita por detrás da cortina
É o rosto de outrora feito amor, feito agora.
Riso de maré viva numa boca ladina
Riso de maré cheia num beijo que demora.
E neste fado deixo esquecido aqui ficar
Lisboa sem destino, que o fado fez cantar
Cidade marinheira sem ter de navegar
Caravela da noite que um dia vai chegar”.
Nuno Júdice.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Nódoa...
Visitava tranquilamente a exposição de Le Breton na Gulbenkian, quando deparo com esta indicação.
Estaria a ler bem?
Estava.
Le Breton não merecia, e o nível a que a FCG nos habituou não é compatível com tamanha barbaridade.
O quadro com os nomes dos responsáveis pela exposição, no fim da mesma, é extenso.
Ninguém daquela gente reparou?
Inacreditável.
Uma grande nódoa…no melhor pano.
Estaria a ler bem?
Estava.
Le Breton não merecia, e o nível a que a FCG nos habituou não é compatível com tamanha barbaridade.
O quadro com os nomes dos responsáveis pela exposição, no fim da mesma, é extenso.
Ninguém daquela gente reparou?
Inacreditável.
Uma grande nódoa…no melhor pano.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Quem te avisa...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Bom apetite!
quarta-feira, 19 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Há 50 anos (9)
Tornou-se curiosidade quando passei pela primeira vez na estação “Senhor Roubado”, numa das linhas do Metro.
“Googlando”…descobri o tal “senhor”. Que é "Padrão".
Depois, consultei o espectacular “Arquivo Fotográfico” da CML, e descobri a imagem que anexo, de 1960.
Finalmente, fui visitar o local.
Vejam as diferenças!
O que 50 anos podem fazer!
Chamo a atenção para o calamitoso estado em que se encontra a bela azulejaria.
Qualquer dia derrubam aquela parede…para não dar “mau aspecto”….
“Googlando”…descobri o tal “senhor”. Que é "Padrão".
Depois, consultei o espectacular “Arquivo Fotográfico” da CML, e descobri a imagem que anexo, de 1960.
Finalmente, fui visitar o local.
Vejam as diferenças!
O que 50 anos podem fazer!
Chamo a atenção para o calamitoso estado em que se encontra a bela azulejaria.
Qualquer dia derrubam aquela parede…para não dar “mau aspecto”….
(Fotografia, a preto e branco, do "Arquivo Fotográfico Municipal" da CML).
terça-feira, 11 de maio de 2010
Prévios...
Há anos que esta bela vivenda na Rua Camilo Castelo Branco apresenta este aspecto deplorável. A exemplo, aliás, de muitas outras.
Reparei há poucos dias no letreiro que lá afixaram. E percebi.
“Comunicação prévia para Informação prévia”…
Desde 6 de Maio de 2009…passou mais de 1 ano….
Pergunto: não ouviram falar de um tal “Simplex”??
Reparei há poucos dias no letreiro que lá afixaram. E percebi.
“Comunicação prévia para Informação prévia”…
Desde 6 de Maio de 2009…passou mais de 1 ano….
Pergunto: não ouviram falar de um tal “Simplex”??
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Entre Torres
segunda-feira, 3 de maio de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
3 anos.
“Lisboa Antiga” completa hoje 3 anos.
Quer cumprimentar todos os que o visitam e comentam, sem os quais seria mero exercício de entretenimento individual.
Lisboa tem passado por aqui.
Não apenas a cidade bonita ou agradável, mas também o que alberga de inútil ou até imbecil, porque fazem igualmente parte da Lisboa que se pretende limpa, e não só no aspecto físico.
Quer cumprimentar todos os que o visitam e comentam, sem os quais seria mero exercício de entretenimento individual.
Lisboa tem passado por aqui.
Não apenas a cidade bonita ou agradável, mas também o que alberga de inútil ou até imbecil, porque fazem igualmente parte da Lisboa que se pretende limpa, e não só no aspecto físico.
Guardamos séculos de História que devemos honrar, até porque quem não respeita o passado…negro futuro terá.
E se há 3 anos dediquei este espaço a Alguém que amou Lisboa, reafirmo o meu propósito.
Grato pela vossa participação.
Vamos em frente!
Grato pela vossa participação.
Vamos em frente!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Circo
Circo... era no Coliseu.
A multidão enchia por completo a Rua das Portas de Santo Antão, a sala esgotada, principalmente no Natal, quando a miudagem já palpitava pelas prendas no sapato, ou no Carnaval.
O palhaço Luciano e a sua “troupe” eram vedetas, balões muitos na plateia e nas galerias, e mesmo no “pontapé nas costas”, onde os bilhetes eram obviamente mais baratos.
Tardes de encantamento, de gargalhadas, de algum receio dos tigres e leões ainda que enjaulados, de serpentinas e chocolates que nos intervalos alguns vendedores apresentavam em tabuleiros presos por uma cinta ao pescoço.
E depois do Circo, um bolo na “Castanheira”. Inevitável.
A multidão enchia por completo a Rua das Portas de Santo Antão, a sala esgotada, principalmente no Natal, quando a miudagem já palpitava pelas prendas no sapato, ou no Carnaval.
O palhaço Luciano e a sua “troupe” eram vedetas, balões muitos na plateia e nas galerias, e mesmo no “pontapé nas costas”, onde os bilhetes eram obviamente mais baratos.
Tardes de encantamento, de gargalhadas, de algum receio dos tigres e leões ainda que enjaulados, de serpentinas e chocolates que nos intervalos alguns vendedores apresentavam em tabuleiros presos por uma cinta ao pescoço.
E depois do Circo, um bolo na “Castanheira”. Inevitável.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Sem palavras
quarta-feira, 14 de abril de 2010
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